São Paulo, quarta-feira, 9 de novembro de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

O administrador de Osasco

Francisco Rossi tem os pés no chão e realiza como poucos; ele tem metas e as cumpre
WALTER NORY
Conheci Francisco Rossi em 1988 quando, pela segunda vez, elegeu-se prefeito de Osasco. Como secretário estadual dos Transportes na época, tive a oportunidade de trabalhar com esse grande administrador. Rossi trazia seus planos que acabaram por transformar Osasco na cidade mais humana de hoje.
Eram projetos audaciosos, porém indispensáveis à reestruturação das escolas, hospitais e ambulatórios, da área de segurança, além de setores como o viário que dependiam, em boa parte, da participação do governo do Estado.
Percorri com ele, pessoalmente, cada região do município verificando "in loco" a importância e a necessidade daquelas obras. Ali fechamos uma parceria que resultou em muito trabalho e realizações. Homem de diálogo fácil, perseverante e seguro da importância de seus projetos, Rossi esmerou-se em fechar os acordos necessários para o desenvolvimento da região.
Desde então passei a acompanhar seu trabalho. Em duas gestões como prefeito de Osasco, Francisco Rossi conseguiu o que parecia impossível: conciliar, em pleno período de recessão econômica e escassez de recursos, a necessidade de construir obras de infra-estrutura básica. E, mesmo com problemas de caixa, Osasco transformou-se em um imenso canteiro de obras.
Sua administração não só recebeu o reconhecimento da população no município que o reelegeu em 1988 com 63% dos votos válidos, mas também o reconhecimento internacional através dos convênios assinados com as cidades de Tsu, província de Mie, no Japão, e com a homônima Osasco, província de Torino, na Itália, entre os mais importantes. Esses convênios proporcionaram diversos benefícios aos munícipes de Osasco, no âmbito cultural e esportivo.
A caótica cidade de Osasco, com problemas típicos da industrialização rápida, transformou-se em uma das mais bem planejadas e agradáveis de todo o país. Vale lembrar que Osasco hoje é maior do que muitas capitais do Nordeste como, por exemplo, Maceió (AL), ou Vitória (ES), no Sudeste, ou ainda Florianópolis (SC), no Sul do país. Hoje, Osasco é uma cidade onde realmente se restituiu a dignidade de viver graças ao trabalho de Rossi.
Essas qualidades de administrador com visão de futuro –e administrar é prever e prover o futuro– é que me fazem acreditar que trata-se do candidato indicado para gerir o Estado de São Paulo.
A qualidade de homem que não promete, mas faz, é a que mais me impressiona em Rossi. Ele tem os pés no chão e realiza como poucos. Tem metas e cumpre. E que o eleitor não se engane: só é possível assumir compromissos depois de saber verdadeiramente a situação do Estado face à grave crise econômica do país.

WALTER NORY, 60, engenheiro civil, é deputado federal pelo PMDB de São Paulo. Foi presidente do Metrô (1983-1987) e secretário dos Transportes do Estado de São Paulo (1987-1990).

Texto Anterior: O Brasil vota em São Paulo
Próximo Texto: Três artigos; Drogas e preconceito; À disposição; Convidado perigoso; Interesse de grupelhos; Aluguéis; Sigilo bancário; Decepções eleitorais; Quem são os responsáveis?; Clamor e liminares; "Aida", a preferida
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.