São Paulo, quinta-feira, 10 de novembro de 1994 |
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Presidete tenta repetir Truman
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
Alguns assessores da Casa Branca diziam às vésperas das eleições, em conversas reservadas, que os democratas perderem a maioria no Congresso poderia não ser tão ruim para as chances de reeleição de Clinton. Eles pensavam no exemplo de Harry Truman, o 33º presidente, que em 1946 sofreu derrota eleitoral similar à de Clinton anteontem e dois anos depois se reelegeu, com 49% dos votos contra 45% para Thomas Dewey. A campanha de Truman (1884-1972) se baseou em ataques ao Congresso dominado pela oposição republicana. O Congresso que não faz nada foi o lema principal de seus discursos. O raciocínio desses assessores de Clinton é que o atual presidente pode fazer o mesmo: creditar ao Congresso todos os eventuais fracassos de sua administração. Truman já foi usado como modelo por Clinton em 1992. O então candidato tentou se mostrar como uma pessoa simples, que fala a linguagem do povo, como Truman se celebrizou durante seu governo. A filha única de Truman, Margaret, apoiou Clinton depois que o então presidente George Bush também invocou a memória de seu pai para se beneficiar. Durante seu governo, Clinton voltou a se referir a Truman em vários discursos em defesa da reforma do sistema de saúde do país. Mas a maioria dos analistas políticos acha que o atual presidente vai tentar trabalhar com o novo Congresso, em vez de hostilizá-lo, como fez seu antecessor. (CELS) Texto Anterior: Clinton admite parte da culpa pela derrota Próximo Texto: Cuomo não se reelege em NY Índice |
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