São Paulo, sexta-feira, 11 de novembro de 1994
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Unita desiste de acordo de paz e acusa o Brasil

FERNANDO ROSSETTI
DE JOHANNESBURGO

A Unita –grupo guerrilheiro que luta há 19 anos contra o governo de Angola– não vai mais assinar um acordo de paz, previsto para terça-feira que vem.
O anúncio foi feito ontem de manhã pela rádio da Unita (União Nacional para a Independência Total de Angola), depois que o Exército angolano tomou o seu principal reduto, a cidade de Huambo.
"Está tudo perdido, o governo nos jogou de volta à guerra", disse a rádio. Segundo ela, o líder da Unita, Jonas Savimbi, volta a discutir um acordo quando o governo se retirar. Foi o primeiro reconhecimento da tomada da cidade.
Os rebeldes acusaram o Brasil, a África do Sul, a Rússia e Portugal de venderem armas ao governo angolano e minarem, assim, o acordo de paz.
Ontem, o Exército de Angola tentava ampliar seu domínio sobre a região temendo um contra-ataque da guerrilha. Centenas de pessoas morreram nesse combate.
A guerra civil matou mais de 500 mil pessoas desde 1975.
Com agências internacionais

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