São Paulo, terça-feira, 15 de novembro de 1994
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Azeredo vai ao TRE pedir fiscalização

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O candidato do PSDB ao governo de Minas, Eduardo Azeredo, foi ontem ao Tribunal Regional Eleitoral para pedir ampla fiscalização e denunciar o que chamou de "nível baixo" de campanha.
Azeredo afirmou que houve distribuição de jornais clandestinos no Estado com "acusações levianas e calúnias" contra ele. "É um negócio feito por bandido", afirmou. Ele não citou nomes, disse apenas "meus adversários".
O tucano se reuniu com o presidente do TRE, desembargador Sebastião Rosenburg, e o juiz da Comissão de Fiscalização da Propaganda Eleitoral, Dídimo Paula. "É importante que a polícia esteja atenta", disse.
A assessoria do candidato do PP, Hélio Costa, informou que o comitê "desconhece qualquer coisa nesse sentido".
Costa passou o dia de ontem mantendo contatos políticos e se recusou a falar com a imprensa.
À tarde, caminhou pelo centro de Belo Horizonte. Ele vota hoje às 9h e depois percorre zonas eleitorais na periferia da capital.
Azeredo percorreu ontem cidades da Grande Belo Horizonte, fazendo campanha corpo-a-corpo.
Busca de apoios
O vencedor da eleição em Minas terá como primeira tarefa buscar apoio político para governar o Estado. Azeredo e Hélio Costa terão que articular apoios tanto no plano estadual como federal.
A tarefa parece mais fácil para o candidato tucano, que ampliou muito sua base de apoio eleitoral.
No primeiro turno, ele teve 27,2% dos votos, contra 48,3% de Costa. As últimas pesquisas indicam reversão desse quadro.
A eleição de Costa pode significar uma situação política tensa no plano estadual. O candidato tem como maior adversário o governador Hélio Garcia (PTB) e seu grupo, dominante na Assembléia.
Azeredo, por sua vez, pode ter dificuldades junto aos deputados federais. Dos 53 deputados mineiros, cerca de 50% não estão afinados politicamente com o tucano.
No plano federal, Costa diz que manterá uma relação cordial com Fernando Henrique Cardoso. Ele sempre lembra o apoio que deu a FHC na eleição presidencial.
Azeredo diz que o fato de pertencer ao PSDB, o mesmo partido de FHC, facilita o relacionamento com o presidente eleito, que o apoiou neste segundo turno.

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