São Paulo, terça-feira, 15 de novembro de 1994 |
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Candidatos reforçam boca-de-urna para tentar combater a abstenção
PAULO MOTA
No primeiro turno, o índice de abstenção no Estado foi de 22,2%, segundo o Tribunal Regional Eleitoral. Os votos brancos somaram 25% e os nulos, 7,5%. Na avaliação das assessorias dos dois candidatos, o índice de abstenção pode crescer porque muitas das lideranças locais estão desmobilizadas com a não-realização de eleições proporcionais. "No interior, o eleitor só vai às urnas se tiver alguém para mobilizá-lo", diz o assessor de imprensa de Lira, Cláudio Barros. A Agência Folha apurou que os "boqueiros" são contratados pelos dois candidatos por diárias que variam de R$ 5,00 a R$ 20,00. Ontem, nos comitês de campanha dos dois candidatos, em Teresina, era grande o movimento de eleitores pedindo passagens para se deslocar para cidades do interior do Estado. A distribuição era feita abertamente. Lira e Mão Santa, que no primeiro turno obtiveram, respectivamente, 44,86% e 37,43% dos votos, passaram o dia de ontem fazendo um trabalho de corpo-a-corpo com os eleitores. Lira, em Teresina, e Mão Santa, em Parnaíba, sua terra natal. Na reta final da campanha, os candidatos buscaram conquistar o apoio dos eleitores que votaram no candidato do PT, Nazareno Fonteles, que obteve 16% dos votos e está sendo considerado "fiel da balança" da disputa. Lira evocou o fato de ter sido militante do Partido Comunista Brasileiro, na década de 60, para apresentar-se como um "homem de esquerda". Mão Santa dizia que "petista de verdade não vota em PFL". O diretório regional do PT decidiu liberar os militantes e orientar seus dirigentes e parlamentares a não declararem o voto. Texto Anterior: Britto aposta no apoio de FHC Próximo Texto: Lira foi secretário duas vezes Índice |
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