São Paulo, terça-feira, 15 de novembro de 1994
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Covas e FHC disputam mesmos nomes

EMANUEL NERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Se for eleito governador, Mário Covas escolherá seu secretariado dependendo da indicação dos ministros do presidente eleito, Fernando Henrique Cardoso.
Por serem do PSDB, Covas e FHC contam com pessoas que trabalharam nas duas campanhas. São muitos os que poderão ser aproveitados em um ou outro governo.
O economista Luiz Carlos Bresser Pereira é um deles. Foi coordenador financeiro da campanha de FHC, mas também trabalhou com Covas. Se não for para Brasília, deve ocupar cargo em São Paulo.
O deputado reeleito José Aníbal (PSDB-SP) e o advogado Miguel Reale Júnior estão no mesmo caso.
O ex-ministro Antônio Cabrera e o ex-deputado José Gregori também se enquadram nesse perfil. Ex-ministro da Agricultura de Collor, Cabrera é cotado para ocupar cargo semelhante em São Paulo. Ligado à Igreja, Gregori poderá ser aproveitado na área social.
Outro nome cotado para ocupar cargos nos dois governos é o do ex-ministro do Trabalho Walter Barelli. Ele deixou o governo para ser o vice de Covas, mas o candidato preferiu o deputado Geraldo Alckmin (PSDB-SP).
Barreli teve atuação importante na campanha, principalmente no segundo turno, quando aproximou o candidato de líderes da CUT.
Mas Covas também tem sua equipe própria, com grandes chances de integrar o governo. Um deles é o ex-deputado Robson Marinho, que pode ocupar um cargo ligado diretamente ao governador, como a Secretaria de Governo.
Outro nome é o do advogado Antônio Angarita, que poderá ocupar uma secretaria técnica ou da área financeira. Também nas áreas técnica e financeira surgem dois nomes de ex-diretores do Banespa: Vladimir Rioli e Paulo Feldman.
Covas também deverá aproveitar candidatos do PSDB que ficaram na suplência para deputado federal e estadual. Arnaldo Madeira ficou na primeira suplência de deputado federal por São Paulo e poderá ser secretário. Outro suplente federal do PSDB, Luís Máximo, também deverá integrar a equipe.
Muitos secretários poderão sair dos grupos que elaboraram o programa de governo. O empresário Émerson Kapaz e os engenheiros Márcio Junqueira e Luiz Sérgio Marcondes estão com cotação alta.
O vereador Marcos Mendonça, o ator Gianfrancesco Guarnieri, os deputados Fábio Feldman e Ricardo Trípoli, o deputado estadual eleito Walter Feldman e o médico José Luiz Portela estão em alta.

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