São Paulo, terça-feira, 15 de novembro de 1994
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PPR e PFL não explicam aluguel

CRIS GUTKOSKI
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO LUÍS

O senador Epitácio Cafeteira (PPR) não explicou como foi feito o aluguel dos ônibus. Ele disse apenas que o transporte era necessário porque a rodoviária da capital não estava mais vendendo passagens.
"Pedimos para que fossem colocados ônibus extras, mas a Roseana (Sarney) já comprou todos os bilhetes", acusou Cafeteira.
Nas empresas Forte Açailândia e Viação Santa Inês, ainda havia passagens para o interior com várias opções de horários.
Roseana
Roseana Sarney disse ontem que não autorizou ninguém a distribuir passagens para os eleitores.
A candidata transferiu a responsabilidade sobre o transporte ilegal para os seus aliados.
Entre os responsabilizados pela pefelista, está o deputado Antônio Pontes de Aguiar (PSC), que adquiriu cem passagens para Chapadinha, na rodoviária da capital maranhense.
"Isto é um problema dos deputados. Eles que se responsabilizem", disse a filha do senador José Sarney.
Transportar eleitores constituiu crime eleitoral previsto no artigo 302 do Código Eleitoral e sujeita o responsável a prisão por quatro a seis anos.
A lei eleitoral também considera crime qualquer tentativa de aliciamento de eleitores.
O Ministério Público está investigando o uso, por parte da campanha de Roseana, de dois carros do governo do Estado para transportar eleitores em 3 de outubro, data do primeiro turno.
Os carros tinham material de campanha da candidata, segundo inquérito que está no Ministério Público.
Quando houve a divulgação das investigações da irregularidade, a assessoria da candidata também isentou o comendo de sua campanha de responsabilidade no uso dos veículos oificias.
Na ocasião, os pefelistas afirmaram que Roseana não tinha conhecimento da liberação dos carros para faveorecerem sua candidatura.

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