São Paulo, terça-feira, 15 de novembro de 1994
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"Rodízio aumenta risco de contaminação"

LÚCIA MARTINS
DA REPORTAGEM LOCAL

A interrupção no fornecimento de água é uma operação de risco e aumenta as chances de a população se contaminar com alguma doença. A afirmação é de Arnaldo Mauro Elnec, 44, engenheiro sanitarista do Centro de Vigilância Sanitária Estadual.
Segundo ele, a tubulação vazia funciona como um "ralo" e puxa todos os resíduos. O grande problema, diz, é haver alguma perfuração nos canos e a água se misturar com o esgoto, que serviria de meio para transmitir doenças.
"Os riscos são inevitáveis e difíceis de serem previstos. É a população que deve ficar atenta para as modificações na água e acionar a Sabesp ou a Secretaria de Saúde se for necessário", afirma Elnec.
Ele afirma, no entanto, que a população não deve ficar assustada se a água ficar cor de ferrugem. A coloração acontece porque a água "limpa" os canos quando ela volta a circular e não há riscos para a saúde.
Segundo ele, não há motivo para pânico. A Vigilância Sanitária ainda não recebeu nenhuma reclamação sobre a qualidade da água e os casos de contaminação registrados até hoje, segundo ele, foram isolados e possíveis de serem controlados.
Outro problema apontado por Elnec é o aumento do consumo de água de torneiras e bicas localizadas nas encostas dos morros. Segundo ele, a maioria dessas fontes está contaminada e não há controle sobre elas.
Segundo o presidente da Sabesp, Luiz Appolônio Neto, 46, mesmo com a interrupção no fornecimento, não há risco de contaminação, porque o índice de cloro da água é suficiente para "matar" qualquer impureza.

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