São Paulo, quarta-feira, 16 de novembro de 1994 |
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Olhar fixo Mário Covas nunca gostou muito de se adaptar às sugestões dos chamados "marketeiros" políticos. Se eles diziam para fazer de um jeito, o tucano quase sempre fazia de outro. A regra ia sendo seguida este ano até que a campanha chegou ao dia do último debate na TV. Covas reuniu-se com a cúpula da campanha e com os "marketeiros" para discutir a estratégia. – O senhor precisa olhar para a câmera, senador –pediu um especialista em comunicação. – Atrás da câmera é que estão os eleitores –insistiu um tucano. Apesar dos apelos, os participantes saíram da reunião convencidos de que não seriam atendidos. Horas depois, terminado o debate, o mesmo grupo comemorava com Covas o que considerava um bom desempenho do candidato. – O senhor viu como o Rossi estava nervoso? –perguntou um assessor. E Covas, de imediato: – Como é que ia ver o Rossi? Passei o tempo todo olhando para a câmera! De fato, no último momento, o candidato havia seguido os conselhos de sua equipe. Texto Anterior: PDT fará 'oposição construtiva' a FHC Próximo Texto: Itamar se reúne com quatro ministros e pode rever acordo Índice |
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