São Paulo, quarta-feira, 16 de novembro de 1994
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Pedetista deve disputar Prefeitura de SP

CARLOS MAGNO DE NARDI
DA REPORTAGEM LOCAL

Independente da votação de ontem, o pedetista Francisco Rossi conseguiu atingir seu principal objetivo nesta eleição, consolidando sua liderança política no Estado e viabilizando seu nome para a sucessão de Paulo Maluf (PPR) na Prefeitura de São Paulo em 1996.
Embora durante toda a campanha eleitoral tenha criticado os partidos políticos, Rossi vai se dedicar ao fortalecimento do PDT no Estado, onde o partido praticamente inexiste, para conquistar a sua presidência e disputar a sucessão paulistana.
Rossi foi levado a tentar fortalecer o PDT porque hoje considera "impossível" se filiar a outro partido em função das adesões à candidatura de Mário Covas (PSDB) no segundo turno da sucessão de Luiz Antonio Fleury Filho.
O tucano conquistou apoios entre os maiores partidos no Estado, entre eles o PT, o PMDB e o PPR, todos em condições de lançar candidatos na sucessão de Maluf.
Avesso a declarar o que pretende fazer depois da derrota, o pedetista insistiu até o último momento que seria eleito governador de São Paulo.
Na sua avaliação, porém, seu nome foi amplamente divulgado no interior e na capital com a disputa do segundo turno e consolidou sua liderança na Grande São Paulo.
A partir de janeiro, Rossi pretende percorrer a maioria das cidades do interior do Estado para instalar ou reestruturar os diretórios municipais do PDT.
Rossi vai dividir seu tempo entre a reestruturação do PDT no Estado e a administração de sua rádio em Osasco, a Difusora, comandada hoje por sua filha Ana Paula.
Embora conte com a simpatia do presidente do partido no Estado, Liberato Caboclo, a pretensão de Rossi em reestruturar o PDT em São Paulo pode esbarrar em outras lideranças do partido.
O ex-prefeito de Campinas Jacó Bittar e prefeitos filiados ao PDT, por exemplo, não aceitaram as críticas feitas por Rossi contra a principal cacique pedetista, o ex-governador do Rio e candidato derrotado à Presidência da República, Leonel Brizola.
Logo no início da campanha para o segundo turno, Rossi disse que não queria a participação de Brizola. "Ele não tem penetração no Estado", disse. A declaração gerou a revolta entre alguns pedetistas.
Formado em Direto pela Faculdade de Osasco, Rossi descarta qualquer possibilidade de voltar a advogar.

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