São Paulo, quarta-feira, 16 de novembro de 1994 |
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Pededista teme por fraudes
FERNANDO PAULINO NETO
Garotinho disse que, se perder, ainda não pensou no futuro. "Por enquanto eu vou namorar". Neste momento, sua mulher, Rosinha, segurou mais forte em sua mão. Folha - O sr. acha que ter ganho o direito de falar na TV depois de terminar o horário eleitoral pode ter tido efeito positivo sobre sua candidatura? Garotinho - O programa serviu, primeiro, para o convencimento de pessoas que estavam indecisas e eu encontrei gente que mudou o voto. Mais do que isso, serviu para desmascarar a Justiça Eleitoral do Rio. Folha - Desmascarar como? Garotinho - A Justiça Eleitoral fez uma campanha tendenciosa, que o tempo inteiro trabalhou a favor de Marcello Alencar. Concedeu mais de 60 direitos de resposta em situações completamente impensáveis. Quando ele me chamou de candidato de Uê (líder do tráfico no Complexo do Alemão, agrupamento de favelas na zona Norte do Rio) eles me negaram. Uma Justiça que foi incompetente para proceder a eleição no 1º turno. Folha- Houve fraude também nas eleições majoritárias? Garotinho- Hoje deveria estar sendo realizado o primeiro turno. Será que as mesmas mãos que roubaram para deputado federal e estadual não roubaram para governador e senador? Folha- E agora no 2º turno? Garotinho- Os mesários foram praticamente mantidos os mesmos. Estou com muita apreensão do que pode ocorrer nessa apuração. Folha- O sr. acredita que pode vencer? Garotinho- Seja quem for o vencedor, a diferença será mínima, como foi no primeiro turno, menos de 400 mil votos. Folha- Em caso de derrota, o que vai fazer? Garotinho- Por enquanto eu vou namorar. Texto Anterior: Brizolismo acabou, diz tucano Próximo Texto: Buarque é o virtual governador do DF Índice |
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