São Paulo, quarta-feira, 16 de novembro de 1994
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Sou radical, diz vice do PT

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Sai a filha de Juscelino Kubitschek, entra a seguidora de Leon Trotski, o revolucionário soviético que se rebelou contra a burocratização partidária na URSS.
Arlete Sampaio, vice do virtual governador do DF, uma médica solteira aos 44 anos, é da corrente "O Trabalho" do PT e assume o rótulo de "radical".
"Sou radical no sentido de buscar o problema na raiz". Também admite diferenças com o virtual governador, um petista moderado, oriundo do PDT.
Folha – Ainda há lugar para o trotskismo na sociedade atual?
Arlete – Sem dúvida. As mudanças no Leste Europeu provam que Trotski estava certo. Mas eu acho que as teorias dele devem servir mais como método de avaliação da realidade do que uma coisa a seguir de maneira dogmática.
Folha – A derrota de Lula se deve aos radicais do partido?
Arlete – De maneira alguma. O que levou à derrota foi o Plano Real e a manipulação dele.
Folha – Você é a favor do programa de privatizações?
Arlete – Não. O Estado precisa moralizar e democratizar suas estatais, demonstrar que sabe administrar.
Folha – E a estabilidade no emprego?
Arlete – Sou a favor no funcionalismo, que não pode estar ao sabor dos governos de plantão.

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