São Paulo, quarta-feira, 16 de novembro de 1994 |
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Congelados lideram na preferência dos solteiros
CAROLINA CHAGAS
Segundo uma pesquisa feita pela empresa Bordon, que comercializa a linha de produtos Swifft Premium, os solteiros do país movimentam por mês cerca de 79 toneladas de alimentos prontos ou vendidos em "quentinhas". Somente em São Paulo, a Bordon repõe mensalmente 30 mil bandejas de lasanha e de escalopinho nos supermercados da cidade. Cada porção tem 280 gramas, suficiente para alimentar uma pessoa. A preferência pelos alimentos prontos, congelados ou não, vem da praticidade ou da falta de hábitos na cozinha, como é o caso do administrador de empresas Rogério de Campos Rezende, 34. Na cozinha, Rezende tem apenas geladeira e forno de microondas. "Compro comida congelada e como na própria embalagem para não ter de lavar os pratos", diz. Na hora do aperto, ele apela para lojas como a Casa Santa Luzia e o Empório Santa Maria, ambas nos Jardins (zona oeste). "Essas casas têm mais variedade de produtos para solteiros e acabam saindo mais barato", diz. Ao contrário de Rezende, o arquiteto Bruno de Assis Viana engrossou o coro daqueles juraram aprender a cozinhar. Quando saiu da casa dos pais, em 89, Viana diz ter comprado vários livros de receitas. "Enchi a geladeira de bugigangas e temperos até descobrir que minhas aventuras gastronômicas não iam além do macarrão ao sugo e do misto quente", diz. Hoje, Viana criou um cardápio básico para sua geladeira. "Tenho sempre frios, de preferência importados, macarrão italiano, um bom molho de tomate, queijos, iogurte e muita cerveja", diz. Sofisticação Além dos pratos tradicionais, lojas de São Paulo oferecem produtos sofisticados, como miniquiche de salmão e champignon. Essa torta sai por R$ 2,18 no Empório Santa Maria. A Casa Santa Luzia vende queijo de leite de cabra por R$ 14,30 o quilo. Para beber, as opções vão de sucos industrializados –que custam R$ 0,51 no Sé Supermercados– até vinhos importados, que chegam a custar R$ 10,31 no Empório Santa Maria. Para os solteiros que preferem alimentos in natura, as dificuldades são maiores, porque é mais difícil conservá-los. "Bananas, tomates e goiabas são os campeões do ranking do saco de lixo", diz o artista plástico Ricardo de Almeida, 28. "Adoro frutas, mas não consigo calcular o quanto vou comer na semana." Texto Anterior: Porção individual ganha prateleiras Índice |
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