São Paulo, quarta-feira, 16 de novembro de 1994
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Empresa projeta tela com superdefinição

RODOLFO LUCENA
DO ENVIADO ESPECIAL

Uma supertela de computador, com resolução comparável –superior até– à de um documento impresso, está sendo desenvolvida no centro de pesquisas da Xerox, em Palo Alto, Califórnia (EUA).
O projeto, que é parcialmente financiado pelo governo norte-americano, prevê a criação de um display de cristal líquido como os de micros portáteis, mas com resolução cerca de 20 vezes maior que a das telas padrão VGA.
O display em desenvolvimento é um dos "filhos" do Parc (Palo Alto Research Center), centro onde cientistas da Xerox e consultores externos procuram pensar o futuro da computação, sem deixar de ter resultados para o mundo real (leia textos nesta página).
As pesquisas sobre a tela de cristal líquido com tecnologia de matriz ativa, que tiveram seus primeiros passos em 1982, também podem resultar na criação de um novo patamar na relação entre os computadores e seus usuários.
As imagens que aparecem nas telas de computadores são produzidas em uma matriz de pontos (linhas por colunas). Quanto mais pontos em um mesmo espaço, mais próximos eles estarão uns dos outros, com imagens mais claras.
Nos displays padrão VGA dos primeiros notebooks, a resolução era de 640 por 480 pontos. Na tela projetada no Parc, a matriz é de 3.072 por 2.048 –quase 6,3 milhões de pontos, mais de 20 vezes o obtido no padrão VGA.
Com isso, a imagem na tela de 13 polegadas tem resolução semelhante à de documentos impressos em máquinas a laser. Em comparação, o texto visto em uma tela convencional de notebook lembra o resultado obtido em textos gerados em impressoras matriciais.
Além de ter melhor imagem, a própria tela pode "ser" o computador, com chips embutidos para controle, ou com sistema para comunicação com redes.
A matriz de pontos que forma a imagem também pode ser um sistema leitor de imagens –base para a produção de um superscanner.
O uso militar, em painéis de controle de aviões, é uma possibilidade vislumbrada pelos cientistas e pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
Segundo pesquisadores do Parc, os primeiros produtos baseados na nova tecnologia devem chegar ao mercado em cerca de três anos e meio.

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