São Paulo, quinta-feira, 17 de novembro de 1994 |
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Antônio Britto diz que revisão é uma "necessidade dramática"
CARLOS ALBERTO DE SOUZA
Segundo Britto, o PMDB apoiará o futuro presidente. "O país vive a terceira chance de fazer o que os brasileiros querem: perdemos a primeira no hospital (morte de Tancredo Neves) e nas vacilações do governo Sarney; a segunda foi perdida no roubo e lama do governo Collor". O peemedebista disse ter recebido telefonemas de cumprimentos do presidente Itamar Franco (com quem se reunirá na próxima semana), do presidente eleito, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), e do candidato derrotado do PT, Olívio Dutra. A seguir, trechos da entrevista coletiva que Britto concedeu ao lado de seu vice, Vicente Bogo, e do senador Pedro Simon (PMDB-RS), entre outros políticos, na sede do comitê elitoral. Pergunta - Como deve ser encaminhada a reforma constitucional? Antônio Britto - Urge limitar o campo do que é urgente. O governo tem de desenvolver nos próximos meses um trabalho de articulação política, aproveitando emendas já existentes e apresentando emendas. O essencial é o governo convocar os governadores, os partidos, não deixar que a coisa flua como produto espontâneo. Pergunta - No Rio Grande do Sul vai haver enxugamento de órgãos públicos? Britto - Acompanho com preocupação a discussão entre alguns que desejam a extinção do Estado. Minha experiência me dá convicção de que não é preciso manter o setor público disperso, desnecessário. Desejo contar com a parceria da iniciativa privada na construção de estradas e geração de energia, capitalização da empresa de telefônica e na área dos portos. Pergunta - O senhor poderá nomear pessoas que não integraram o Movimento Rio Grande Unido e Forte (coligação liderada pelo PMDB)? Britto - Não temos compromisso com nenhuma pessoa, do ponto de vista de aproveitamento, cargos e empregos. Não haverá barganhas, listas de indicações. Vamos percorrer o Rio Grande atrás de pessoas honestas e competentes. Declaro extinta a categoria de padrinho político. Padrinho aqui vai o ser o currículo. Texto Anterior: Mão Santa defende divisão do Piauí Próximo Texto: Dutra promete 'fiscalização' Índice |
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