São Paulo, quinta-feira, 17 de novembro de 1994
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Renegociação com BC começa por SP

VIVALDO DE SOUSA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A renegociação das dívidas estaduais com o Banco Central vai começar por São Paulo, onde o senador Mario Covas (PSDB) se elegeu governador. Na avaliação da equipe econômica, São Paulo é o Estado em pior situação.
A equipe deixou a renegociação das dívidas para agora, após o segundo turno das eleições, conforme acordo entre o presidente eleito Fernando Henrique Cardoso e o presidente Itamar Franco.
FHC já disse que vai manter a atual equipe econômica no seu governo. O presidente do BC, Pedro Malan, cotado para ministro da Fazenda de FHC, vinha mantendo contatos informais com os favoritos ao governo dos Estados. As conversas formais com Covas devem começar ainda este mês.
A equipe econômica não iniciou as negociações antes sob o argumento de que os atuais governadores estão em final de mandato. O fechamento de um acordo às pressas poderia dificultar o relacionamento de FHC com os governadores eleitos.
Depois de São Paulo, o Estado com maiores problemas é o Rio de Janeiro. Nos dois casos, as dificuldades estão nos bancos estaduais –Banespa e Banerj.
O objetivo da equipe econômica ao iniciar as negociações com os governadores eleitos é fechar acordos até 1º de janeiro, quando eles tomam posse.
A solução do problema das dívidas estaduais é importante para o Plano Real, pois significa equilibrar as contas públicas.
Os demais Estados listados como prioridade pelo governo são os seguintes: Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul. Todos eles tiveram de trocar títulos estaduais por títulos federais recentemente.
A avaliação da área econômica é que não haverá dificuldades na negociação porque os novos governadores desses Estados são todos do PSDB ou aliados de FHC.

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