São Paulo, quinta-feira, 17 de novembro de 1994
Próximo Texto | Índice

A ARTE QUE SAIU DO QUADRO

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bienal renasceu. E não é por causa da grandeza dos números que transformam esta mostra na maior Bienal da história; deixe o blablablá sobre os 231 artistas, 70 países e US$ 4,5 milhões para a propaganda na televisão. A Bienal renasceu porque quis investir em qualidade.
A idéia do curador Nelson Aguilar era mostrar como está a arte depois que os artistas abandonaram o quadro e o pedestal da escultura para criar obras que exploram o espaço.
Três artistas brasileiros foram escolhidos como "faróis" por antecipar esse movimento no país no início dos anos 60: Hélio Oiticica, Lygia Clark e Mira Schendel. Como jamais tiveram uma retrospectiva no Brasil, as salas especiais dedicadas a eles funcionam como uma espécie de revelação interna.
Não é a única revelação que a Bienal faz ao pobre universo das artes plásticas no Brasil. Salas especiais como as de Kasimir Malévitch e Joaquín Torres García, que formam retrospectivas de suas carreiras, são uma aula artística.
Há um porém. Como panorama da arte atual, a 22ª Bienal fica devendo nomes influentes e tendências fortes. Este caderno, que não pôde circular no dia de abertura do evento (12 de outubro) por problemas de suprimento de papel, é publicado agora com o objetivo de esmiuçar algumas dessas questões levantadas pela Bienal, que termina no dia 11 de dezembro.

Próximo Texto: Lucro será de US$ 1 mi, diz presidente
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.