São Paulo, quinta-feira, 17 de novembro de 1994
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MALÉVITCH

Com Picasso (1881 - 1973) e Kandinsk (1866 - 1973), o artista e teórico ucraniano ajudou a pôr fim a uma tradição de pelo menos cinco séculos: a que dizia que a arte deve representar a natureza. "Nunca mais 'cópias da realidade', chega de imagens idealizadas", pregava Kazimir Malévitch (1878 - 1935) no manifesto do suprematismo, lançado em 1915. Suprematismo, segundo ele, "é a redescoberta da arte pura que, com o passar do tempo, tem sido obscurecida pelo acúmulo de 'coisas'." Com elementos mínimos - um quadrado, por exemplo - Malévitch queria chegar à "supremacia da emoção pura", a "um novo realismo". Seus quadros são feitos de quadrados, cruzes e círculos, pintados em cores primárias sobre fundo branco (veja acima a tela "Suprematismo", 1922 -1927). O exemplo mais radical de suprematismo é a série de quadros "Branco sobre Branco". Aí, até a figura geométrica é difícil de ser visualizada: tons separam um quadrilátero branco do fundo branco. A Bienal mostra pela primeira vez no Brasil 27 quadros de Malévitch, cedidos pelo Museu Russo de São Petersburgo e o Stedelijk Museum de Amsterdã. Há desde obras de 1903, quando pintava sob influência do impressionismo, até trabalhos de 1933, quando abandona a abstração e volta à figura.

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