São Paulo, quinta-feira, 17 de novembro de 1994 |
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PF apreende 3.000 peles de lagarto em SP
MARCELO GODOY
As peles estavam em um caminhão que veio da Paraíba e foram apreendidas em um posto de gasolina no km 222 da via Dutra, em Guarulhos (Grande São Paulo). "Acreditamos estar diante de uma organização internacional de tráfico de peles de animais", afirmou o delegado Mário Kiyotaka Ikeda, 49, da Divisão de Crimes Fazendários da PF. Segundo o delegado, o grupo estava sendo investigado há cerca de mês. Os policiais receberam a informação de que o carregamento seria entregue no posto de gasolina e foram, no início da noite de anteontem, para o local. Pouco antes da 0h de ontem, o caminhão chegou ao posto. Em seguida, parou um Santana. Os agentes federais cercaram os três e os prenderam sob acusação de crime contra a fauna e flora. O caminhão, que transportava um carregamento de redes para dormir, foi revistado. As peles estavam escondidas entre as redes, envoltas em seis fardos de juta, segundo a polícia. O delegado disse que o carregamento seria empacotado e despachado para a Europa em aviões de carga. As peles seriam usadas na fabricação de carteiras, pulseiras de relógios, cintos e bolsas. A PF está investigando também se o grupo contrabandeou outros lotes de pele para a Itália. "Tivemos informações de que esse era o segundo carregamento que o grupo ia despachar para a Europa neste mês", afirmou o delegado. Na manhã de ontem, os policiais foram até um sítio do comerciante, em Bragança Paulista (SP). No local não foi encontrado nenhuma pele. Os três acusados foram levados para a sede da PF. Eles ficarão presos porque o crime é inafiançável. A lei de proteção à fauna e à flora prevê pena de dois a cinco anos de prisão. Os acusados não deram entrevista e negaram o crime. Texto Anterior: PM apreendeu artigo com nota Próximo Texto: Ladrão é preso após assalto com revólver falso Índice |
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