São Paulo, quinta-feira, 17 de novembro de 1994
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Vaticano reabre museu Gregoriano Etrusco

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O Vaticano reabriu nove salas do museu Gregoriano Etrusco e possibilita assim que seus visitantes admirem novamente o maior acervo de arte etrusca do mundo.
Composto por pinturas, artesanatos e outros materiais de até 2.600 anos de idade, recolhidos nos séculos 19 e 20 em cidades como Veterbo, Cerveteri e Veio (ao norte de Roma), o acervo não pôde ser visitado desde o final dos anos 80 devido às reformas nas instalações do museu.
A coleção etrusca do Vaticano começou a se formar em 1837, com objetos provenientes de escavações. Recebeu doações importantes, como a coleção Falcioni de Viterbo (1900) e do marquês de Guglielmi (1937). O restante da coleção foi adquirida pelo Vaticano em 1988, graças a doações de mecenas como Armand Hammer.
O museu ocupa a segunda planta do prédio construído pelo papa Pio 4º e o segundo e o terceiro andar do palacete do papa Inocêncio 8º. Foi este último papa quem encomendou ao arquiteto Bramante (1444-1514) a famosa escada de rampa, em forma helicoidal, que ligava as duas estruturas. A escada também foi restaurada.
O museu possui ao todo 22 salas, mas foram abertas apenas as dedicadas às pedras e aos bronzes, as que melhor ilustram a vida cotidiana desta população anterior aos romanos. A totalidade do museu será aberta em 1995.
Na sala das "terracotas arquitetônicas e votivas" é possível observar objetos que ilustram cultos e religiões da época. A sala Guglielmi tem cerca de 800 objetos de bronze e cerâmica etrusca e grega –estas últimas, figuras negras e vermelhas trazidas da Grécia pelos etruscos. Dela se passa às salas de urnas funerárias helenísticas, em pedra (alabastro ou mármore travertino), entre as quais a de maior destaque é a tumba funerária "Adonis morimbundo".

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