São Paulo, quinta-feira, 17 de novembro de 1994
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Edson Cordeiro tenta seduzir a platéia

SYLVIA COLOMBO
DA REDAÇÃO

Show: Edson Cordeiro
Direção: Jorge Fernando
Onde: Palace (av. dos Jamaris, 213, tel. 011/531-4900)
Quando: de hoje até domingo. Qui às 21h30, sex e sáb às 22h e dom às 20h
Quanto: R$ 15,00 (setor 3), R$ 20,00 (setor 2), R$ 30,00 (setor 1) e R$ 40,00 (camarotes)
Censura: 14 anos

O cantor Edson Cordeiro quer provar que, ao contrário do ditado popular, santo de casa faz milagre. "São Paulo é o palco mais difícil que eu enfrento, apesar de ser a minha terra. O desafio é maior aqui", diz.
Edson canta no Palace de hoje até domingo. O repertório vai além das músicas incluídas no último CD do cantor, sem título.
O cantor interpreta músicas de Raul Seixas, Adoniran Barbosa, Dalva de Oliveira, Tina Turner e Edith Piaf, entre outros.
"Acho que o público se sente mais íntimo do artista quando este mostra suas influências e afinidades."
Respondendo às críticas que o consideram eclético demais, Edson preparou o programa misturando do sertanejo a ópera. "Meu estilo é versátil mesmo, e isso não é exibicionismo."
A idéia de fazer homenagens nos shows cresceu tanto que Edson prepara a gravação de um CD com músicas de Dalva de Oliveira.
"Não tenho obsessão pelo moderno e nada mais bonito do que louvar minhas referências", diz o cantor.
O espetáculo tem direção de Jorge Fernando. O palco é lúdico e grandioso. "Quero que as pessoas estejam em outro mundo, e eu também."
Edson justifica sua obsessão em não ser discreto através da timidez. "Tenho dificuldade em atrair pessoas, não sou sensual fora do palco, por isso quando estou nele quero que meu corpo apareça."
O desafio e a competição marcam todo o espetáculo. Edson duela, como um cantor de ópera, com sua própria voz e com a de seus músicos. "No final, é a música que vence a luta pela qualidade."
Em outros momentos o cantor instiga o público. "Tento passar sensações de medo, quando o espetáculo fica lúgubre e dramático." É o caso da canção "Paranóia", de Raul Seixas.
O lado romântico usa uma linguagem sensual, "chego a criar um clima de namoro real entre as pessoas."

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