São Paulo, quinta-feira, 17 de novembro de 1994 |
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Cubanos e socialismo não entram em Varadero
FERNANDO MOLICA
Varadero é, talvez, um dos melhores lugares para quem não quer maiores contatos com cubanos e socialismo. Os primeiros são como brasileiros pobres: quase que invariavelmente são vistos apenas do lado de lá do balcão. A estagnação da economia transformou agrônomos em "barmen" e historiadores em recepcionistas. A ausência quase total de propriedade privada impede que os arquitetos de lá imitem os brasileiros e abram seus restaurantes. Já o socialismo fica meio que confinadoà parte rsidencial desse balneário que ocupa uma península de 23 quilômetros de extensão. Varadero é um ótimo lugar para não se fazer nada. Durante o dia, o balneário funciona como qualquer outro: praia, piscina, esportes náuticos, cerveja. O maior problema é o que fazer depois da praia. Para compras, o estoque das lojas é pequeno e pouco interessante. As programações noturnas também são limitadas. Quem quiser companhia a qualquer preço pode testar seu charme na boate La Bamba. O programa com uma das moças pode custar até US$ 100. Há quem diga ter negociado preços melhores e conseguido companhia em troca de uma coisa à toa: aquela história de um Sonho de Valsa, uma pedra falsa, um corte de cetim. Para almoçar ou jantar, a melhor opção é o restaurante Las Américas. Um prato principal de peixe custa em torno de US$ 13 e um de camamrões, US$ 18. Texto Anterior: Bairro histórico lembra antigo Pelourinho Próximo Texto: Visite Havana Velha antes que ela acabe Índice |
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