São Paulo, quinta-feira, 17 de novembro de 1994 |
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Visite Havana Velha antes que ela acabe Bairro histórico é uma prova da resistência cubana FERNANDO MOLICA
Se nada for feito, Havana Velha deve ser visitada pelo mesmo motivo que deve levar alguns neoliberais a conhecer o socialismo cubano - ver antes que acabe. Considerada patrimônio da humanidade pela UNesco, a parte histórica de Havana é uma prova da resitência cubana. Transformados em quase-cortiços, os sobrados e casarões parecem implorar por baldes de tinta. A beleza das cosntruções, porém, resiste e dá ao conjunto aquele ar de dignidade que permanece nas falidas famílias burguesas. Enquanto a tinta não vem, o bom é andar por algumas das mais antigas ruas da América Latina - Havana foi fundada em 1514. Entre os prédios mais antigos e importantes estão os fortes que guarneciam a entrad da baía de Havana. O mais antigo, o Castelo da Real Força, é de 1577. Nos tempos coloniais, o tiro avisava que era hora de se fechar as muralhas da cidade. Hoje virou uma atração turística e motivo de piada: dizem os cubanos que o tira é a única coisa pntual em Havana (todos os dias às 20h). Entre os museus, o melhor é o da Revolução - em uma espécie de anexo está o "Granma", iate que trouxe Fidel e outros 81 revolucionários do México para Cuba. Compara às balsas que levaram cubanos para Miami, o pequeno "Granma" é quase um transatlântico. Na área de Havana Velha ficam alguns dos melhores restaurantes da cidade. O circuito é o mesmo desde antes da Revolução: daiquiri no La Floridita, mojito na Bodeguita del Medio. O daiquiri comum custa US$ 5; o drinque comum, o overdósico e vantajoso "Papa Hemingway", referência ao escritor norte-americano, sai por US$ 6. Pratos de pseixe custam em torno de US$ 15. Na Bodeguita, os pratos de comida típica - comcarne de porco - saem por US$ 8. A dose de mojito custa US$ 5. Texto Anterior: Cubanos e socialismo não entram em Varadero Próximo Texto: Turismo se expande na ilha Índice |
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