São Paulo, quinta-feira, 17 de novembro de 1994
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Charuto baiano é bom e mais barato

ADRIANA CARUSO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Existe algo mais em comum entre Cuba e Bahia do que as lindas praias, a música contagiante e o clima tropical: a produção de charutos de qualidade.
Desde o descobrimento de Cuba –em 1492 por Cristóvão Colombo– e o contato com os índios taínos que fumavam uma planta chamada "Cochiba", os charutos cubanos têm ganhado fama.
No Brasil, a produção de charutos se concentra na Bahia. E não é por acaso. As condições climáticas, a latitude e as grandes planícies ao nível do mar da região da Mata Fina e do Recôncavo Baiano são muito semelhantes às características do plantio cubano.
Os conhecedores destacam, entre os cubanos, as marcas Romeo y Julieta, Monte Cristo, Hoio de Monterey, Cohiba, Partagas e El Rey Del Mundo.
Entretanto, a produção nacional não fica atrás. Os melhores charutos baianos são basicamente produzidos por duas fábricas: a Suerdieck e a Menendez e Amerino, nos arredores de Salvador.
Entre os nacionais, as marcas mais nobres são o Mata Fina Especial, Corona Imperial, Don Pepe, Panatela Ouro, Alonso Menendez e Amerino.
No paladar, os baianos tendem a ser mais suaves, enquanto os cubanos têm sabor mais encorpado.
Todo charuto, seja ele cubano ou baiano, é elaborado por etapas. A primeira é a preparação da terra para a semeadura e o plantio. Depois de alguns meses é a vez da colheita e da secagem.
Nesse período, as folhas e o fumo são mantidas em uma espécie de estufa. Na etapa final, ocorrem a fermentação e a classificação.
A real diferença entre os charutos cubanos e nacionais é o preço. Os nossos chegam a custar 50% menos.

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