São Paulo, sexta-feira, 18 de novembro de 1994
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Metalúrgicos de SP e Fiesp criticam abertura 'descuidada' da economia

ANTONIO CARLOS SEIDL
DA REPORTAGEM LOCAL

A indústria paulista e os metalúrgicos do ABC vão lutar juntos contra a importação "descuidada" e a política cambial que, dizem, colocam empregos em risco e ameaçam sucatear o parque industrial brasileiro.
A união de forças entre capital e trabalho foi o principal resultado da primeira reunião entre Carlos Eduardo Moreira Ferreira, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), e Heiguiberto Navarro, o Guiba, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABCD, anteontem.
Moreira Ferreira disse que as duas entidades vão "afinar" suas posições para levar, em curto prazo, ao atual governo e ao presidente eleito, Fernando Henrique Cardoso, sugestões para a criação e manutenção de empregos.
Na reunião houve consenso sobre a questão das alíquotas de importação e política cambial.
"A abertura não-negociada com empresários e trabalhadores trouxe problemas para nós todos, porque queremos aumentar a oferta de produtos no Brasil mas com a manutenção do emprego interno", disse Moreira Ferreira.
Emprego
Guiba disse que a abertura de mercado é positiva desde que seja gradual. Guiba disse que já há fuga de indústrias de autopeças do ABCD para a Argentina. "Desde 1990, 58 mil postos de trabalho de metalúrgicos foram fechados."
A indústria de autopeças da Argentina continua protegida por alíquotas de importação da ordem, em média, de 20%. O acordo entre governo e indústria de autopeças da Argentina foi firmado antes da criação do Mercosul.

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