São Paulo, sexta-feira, 18 de novembro de 1994
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Sindicato contesta privatização

DA FOLHA SUDESTE

O Sindicato dos Eletricitários de Campinas entra hoje com interpelação na Justiça contra o governador eleito Mário Covas para que ele confirme declaração de que pretende privatizar a CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz).
A diretoria do sindicato alega que, durante a campanha do primeiro turno, um folheto assinado pelo então candidato foi distribuído na sede da empresa, em Campinas, informando que ele iria "manter o controle acionário da empresa pelo Estado".
O governador eleito disse após a votação que estaria disposto a vender a estatal para pagar as dívidas do Banespa. Covas não quis comentar o assunto ontem em Campos do Jordão, onde está internado em um "spa".
Caso Covas confirme na Justiça sua disposição de privatizar a CPFL, avaliada em um patrimônio líquido de US$ 1,4 bilhão, o sindicato pretende estudar medidas jurídicas para tentar enquadrá-lo em crime de falsidade.
"Covas prometeu em campanha que iria manter a estrutura da estatal e um dia depois afirma que vai privatizar a empresa. Desse jeito, o Francisco Rossi (PDT) tinha razão quando dizia que não há necessidade de programa.", disse Amarildo Bolito, diretor do sindicato.

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