São Paulo, sábado, 19 de novembro de 1994
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Venda com cartão deve aumentar com catálogo

DA REPORTAGEM LOCAL

As maiores empresas de cartões de crédito do país querem usar a redução do imposto de importação para pessoas físicas anunciada quinta-feira para multiplicar suas vendas de produtos através de catálogos.
A Credicard, com mais de 50% do mercado, quer aumentar em 200 vezes os negócios nesta área.
Prentende vender o equivalente a US$ 150 milhões no próximo ano, contra os US$ 8 milhões na previsão para 1994.
Décio Burd, vice-presidente de Vendas Diretas da Credicard, prevê, para 95, a confecção de 4 milhões de catálogos (com fotos e preços de produtos) para serem distribuídos entre seus clientes.
Este ano a empresa distribuiu 700 mil catálogos (das empresas JcPenny, Duty-Free e American Catalog) e anunciou produtos nas faturas dos cartões enviadas mensalmente aos clientes.
A mudança no imposto de importação baixou para 10% a alíquota para compras entre US$ 100 e US$ 500 –contra os até 100% cobrados anteriormente.
Tanto o volume como o valor dos produtos importados devem aumentar. Os catálogos passarão a vender fornos de microondas e TVs ao lado de produtos mais baratos já tradicionais, como relógios e canetas.
A American Express, segundo Marcos Machado, gerente de desenvolvimento de novos produtos, também já prepara novos catálogos para o Natal.
A expectativa é que os 50 mil "consumidores de catálogos" da American Express comprem produtos de maior valor no fim-de-ano depois da queda nas alíquotas.
O aumento na oferta de produtos e número de catálogos tem como objetivo criar a cultura de compras através desse instrumento, a exemplo do que ocorre nos Estados Unidos. Naquele país, o primeiro catálogo surgiu em 1856 e vendia varas e iscas especiais para pescadores.

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