São Paulo, domingo, 20 de novembro de 1994 |
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Camelôs aceitam encomendas de imitações
JOÃO LUÍS COSTA
Alguns ambulantes aceitam encomendas, embora o cliente corra o risco de não receber o pedido. É que o produto pode ser apreendido na fronteira com o Paraguai ou em blitze da prefeitura. No centro de São Paulo, paga-se 50% do valor da arma e o restante quando receber o brinquedo. Mas é preciso conversar com vários ambulantes antes de conseguir algum que queira trazê-la. A maioria dos camelôs evita vender o produto, pois dizem que o prejuízo, em caso de apreensão, não vale o risco. Em São Paulo, os ambulantes ainda cobram uma "taxa de risco" devido à multa de R$ 1.513,50 para quem for autuado vendendo as armas. É possível encomendar, por exemplo, modelos como a imitação do Colt calibre 45. Essa arma de brinquedo não sai por menos de R$ 50,00. A Prefeitura de São Paulo ainda não começou a fazer blitze para impedir a venda de armas de brinquedo que imitam as reais, apesar de os ambulantes não colocarem mais os brinquedos à venda. Segundo a Secretaria de Administrações Regionais (SAR), a lei assinada no último dia 14 pelo prefeito Paulo Maluf não poderia entrar em vigor imediatamente, pois não está regulamentada. A regulamentação será feita o mais rapidamente possível e publicada no "Diário Oficial" do município, informou a SAR. A venda foi proibida para diminuir o número de assaltos com armas semelhates às reais. Segundo estatística da Polícia Civil, um em cada quatro crimes em São Paulo é cometido com esse tipo de arma. Texto Anterior: Traição entre casais é tema de cordel no CE Próximo Texto: Cresce o número de casamentos em SP Índice |
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