São Paulo, domingo, 20 de novembro de 1994 |
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Maridos só cuidam da casa e dos filhos
PAULO MOTA
Apesar da presença dos três homens, Marlene é quem exerce o "papel masculino" na casa. Diariamente, ela acorda às 4h e sai para "ganhar o pão de cada dia" como catadora de castanha. "Trabalho como uma condenada para não faltar nada dentro de minha casa. Tudo que eu ganho eu distribuo entre os meus homens e os meus filhos. Faço isso para não ouvir reclamações", diz Marlene. "Deus me livre de ficar sendo sustentada por um homem. Os meus machos me ajudam como podem", diz. Os três homens são responsáveis pelas tarefas domésticas. Oscar cuida das crianças, Carlos cozinha, Eduardo faz compras e ajuda Marlene no trabalho. "Eu os trato com muito carinho e não dou margem para que eles fiquem insatisfeitos", diz. Os maridos não têm reclamações a fazer um do outro. Oscar diz que "ignora" a presença dos rivais. Carlos afirma que "faz de conta" que não vê Eduardo e Oscar. Eduardo diz que não reclama porque se sente o "mais querido". Apesar de Marlene afirmar que o convívio é pacífico, a Agência Folha presenciou uma "cena explícita" de ciúme. Quando o "quarteto amoroso" posava para fotografias, Oscar irritou-se com a atenção dada por Marlene a Eduardo e recusou-se a tirar fotos ao lado dos outros. Outro exemplo de que existe uma "tensão" no quarteto pode ser comprovada no Club Tropical Dance, onde são realizados forrós. Marlene não dança com nenhum dos seus maridos. Disse que só dança com outros homens para evitar que os seus não fiquem "melindrados". Marlene diz que as mulheres que criticam seu modo de viver têm inveja dela. "Eu não devo nada a ninguém e acho que cada um deve levar a vida que quiser. Eu sei que muitas das que me criticam morrem de inveja de mim e vivem 'enfeitando' as cabeças de seus homens, nas escondidas." Perguntada sobre o por quê de ter os três maridos. Marlene responde: "A vida foi me empurrando para eles". Texto Anterior: Sigilo administrativo é exceção Próximo Texto: 'Me acostumei a dividi-la' Índice |
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