São Paulo, domingo, 20 de novembro de 1994 |
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Empresas antecipam reajustes
SUZANA BARELLI
Informações do Banco de Dados Salariais do Dieese mostram que os trabalhadores da Philips e dos Elevadores Otis (metalúrgicos do ABC paulista com data-base em abril) receberam abono de R$ 100 em outubro. Outro exemplo são as costureiras de São Paulo. Diversas confecções concederam aumento real entre 2,5% e 16% em outubro. A data-base, aqui, é julho. Há também companhias praticando reajustes de salários em percentuais maiores do que os determinados por lei (o índice do IPC-r acumulado desde julho último). "As negociações partem do IPC-r e têm conseguido alguma porcentagem a mais", afirma Antônio Prado, coordenador de produção técnica do Dieese. Como exemplos, Prado cita os metalúrgicos de Minas Gerais com reajuste de 7,5% além do IPC-r, os borracheiros gaúchos (mais 4%) e os têxteis de Santa Catarina (mais 7,27%). Mario Bernardini, diretor do departamento de economia da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), afirma que estes "pequenos" reajustes são consequência do aumento de produtividade da indústria e não representam aumentos de custo. "Três ou quatro por cento são suportáveis devido à maior produtividade", afirma. Nas análises de Bernardini e de Prado, tais aumentos de salários não estão sendo repassados aos preços. "Os preços industrias não cresceram nesta proporção. As empresas tiveram ganhos de produtividade ou perderam margens de lucro", diz Bernardini. Texto Anterior: Os novos pioneiros 1 Próximo Texto: Aumento estimula produção Índice |
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