São Paulo, domingo, 20 de novembro de 1994 |
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Nova novela alterna pequenas ousadias com grandes grossuras
MARIA ESTER MARTINHO
Ambientada no velho e bom reino dos vivos, "Quatro por Quatro" é um entra-e-sai rocambolesco, construído sobre duas tramas centrais. Na primeira, quatro mulheres se engalfinham com seus ex-maridos/namorados; na segunda, dois homens lutam pela posse da filha do primeiro (que o segundo criou). As brigas de casal garantem o humor de hoje; a disputa pela posse de Ângela (Tatyane Goulart), o melodrama do mês que vem. Ágil na apresentação dos (muitos) personagens e no revezamento de situações, "Quatro por Quatro" também é rápida na alternância de erros e acertos humorísticos, sobretudo no campo das pequenas ousadias que se permite: palavrões, recurso à temática sexual. Vai, no mesmo capítulo, da picardia à grossura. No último dia 15, por exemplo, o médico Bruno (Humberto Martins) escandalizava a boboca Tati (Cristiana Oliveira) ao reconhecê-la em um corredor de hospital. "Me diz uma coisa", perguntava. "A gente já transou?" À boa cena, seguia-se a péssima: Auxiliadora (Elizabeth Savalla) deplorava as "pequenas intenções" do ex-marido Alcebíades (Tato Gabus), olhando para sua braguilha. Não por acaso, Martins e Cristiana Oliveira são donos de algumas das melhores interpretações da novela –e Savalla e Gabus, de algumas das piores. O primeiro time tem ainda Diogo Vilela (que faz o malandrérrimo Fortunato), a pequena Tatyane e até uma revelação: Betty Lago. Texto Anterior: "O piloto é muito melhor que a série" Próximo Texto: Pedagoga ajuda atriz a decorar textos e fazer lição Índice |
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