São Paulo, domingo, 20 de novembro de 1994 |
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Venda de "populares" com ágio diminui
LUCIANO SOMENZARI
A reportagem da Folha pesquisou –sem se identificar– 20 lojas de veículos da chamada "boca do automóvel" (na região central de São Paulo). Apenas um estabelecimento oferecia "populares" novos e com ágio. Gerentes e vendedores demonstravam muita cautela quando tratavam do assunto. Um Uno Mille ELX duas portas com desembaçador e limpador traseiros, vidros verdes, trava elétrica, ar quente e relógio era comercializado por R$ 11,5 mil, ou R$ 3.780 acima da tabela. O novo Gol 1.000i Plus, que começou a ser vendido este mês, já é cotado no mercado paralelo com ágio de até R$ 4.000. O Plus (de R$ 8.430) pode ser encontrado na "boca" por R$ 12,5 mil. Com sobrepreço um pouco menor, cerca de R$ 2.200, o antigo Gol 1.000 é vendido por R$ 9.500 na sua versão básica. Todos os modelos possuem variedades de cores e equipamentos opcionais. A loja prometia entregar o carro no mesmo dia. No caso das vendas do Gol 1.000 e Gol Plus, o carro já sai licenciado com entrega prevista para o dia seguinte da compra. Até o importado francês Peugeot 106 Kid 1.0 já existe para pronta entrega no paralelo. O preço do 106 Kid sugerido pela marca é de R$ 11,8 mil, mas é encontrado por R$ 13,5 mil. Em algumas revendas os vendedores respondiam que não trabalhavam com modelos zero km, ao contrário do que anunciam os letreiros afixados na fachada. A maioria dos gerentes reclamou que está "muito perigoso" vender carro com ágio por causa da fiscalização. "Além disso, o nosso lucro com esses modelos é muito baixo", disse um deles. Segundo um vendedor da "boca", que também não quis se identificar, o ágio dos "populares" pode cair até o final do ano porque as lojas querem desovar o estoque elevado de carros 94. "Há muitos 'populares' novos para serem vendidos, só é preciso procurar mais", sugeriu. Texto Anterior: GM lança modelo similar em 95 Próximo Texto: Mitsubishi Colt chega ao Brasil em março Índice |
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