São Paulo, terça-feira, 22 de novembro de 1994
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Mangalarga faz média de R$ 9.560 em Botucatu

SEBASTIÃO NASCIMENTO

Da Reportagem Local O 6º Leilão Nova Geração, que vendeu cavalos mangalarga sábado último, em Botucatu (SP), não foi o principal do ano em termos de faturamento. Mas, com certeza, foi um dos mais concorridos.
Na fazenda Chalet, sede do evento, de propriedade do criador Luis Eduardo Batalha, 43 animais trocaram de dono. A receita totalizou R$ 411.120, com média de R$ 9.560 (US$ 11.313) por animal.
Essa média perde para a do Mangalarga Estância, realizado dia 17 de maio, que atingiu R$ 15.401.
Fica abaixo ainda dos leilões Três Fronteiras (20 de setembro) e Sensação (27 de junho), que conseguiram médias de R$ 13.631 e R$ 11.835, respectivamente.
O Nova Geração fica nos registros dos bons leilões deste ano por sua inovadora forma de vender cavalos, que deu-lhe agilidade e aproximou o público dos animais.
Como em uma festa de casamento à antiga na fazenda, o local foi projetado em forma de U e acolheu 510 pessoas sentadas.
Não havia palco para apresentação dos cavalos. Eles desfilavam ao nível do chão e próximos das 85 mesas espalhadas frente à sede da fazenda Chalet.
Já os leiloeiros Djalma B. de Lima e João Antonio Gabriel, ficaram em um palco pequeno e pouco acima da platéia. O microfone solto, porém, permitia a eles circular por todo o recinto.
"A experiência deu certo", diz Paulo Pimentel, da Pégaso, empresa organizadora do leilão. "Permitiu aos compradores observar detalhes do cavalo que dificilmente são percebidos quando o palco está distante".
Para Luis Eduardo Batalha, "cavalo não é para ficar em palco. Coisas artificiais talvez permitam que se ganhe um pouco mais de dinheiro, mas impedem que os criadores troquem entre si experiências sobre a própria criação".
Batalha explica que os criadores visitavam as baias antes do leilão e sem acompanhantes. Depois, já no recinto, eles ficavam conhecendo até as progênies (geração de filhos) dos garanhões e éguas cujos produtos seriam apresentados em seguida.
Batalha entende que os bons leilões devem voltar para as fazendas. "Mas não adianta montar simplesmente um circo e transformar a venda nas fazendas em um Palace avacalhado", diz ele, que esperava R$ 7 mil de média.
O criador Orpheu José da Costa, conhecido pelas compras e vendas milionárias de cavalos feitas nos últimos oito anos, pagou R$ 144 pelo potro Reinado JOP.
Foi o maior preço do dia. Orpheu vai pagar o animal em 12 parcelas mensais de R$ 12 mil, sem juros.
Localizada a apenas 12 quilômetros do centro de Botucatu, a fazenda Chalet recebeu criadores e gente conhecida de vários Estados.
Além de Orpheu, lá estavam, entre outros, o presidente da Associação Brasileira do Mangalarga, Clodoaldo Antonângelo, Badih Aidar, e o ex-secretário do governo Fleury, José Fernando Boucinhas.
OJC - A temporada de leilões de mangalarga está chegando ao seu final em 94.
Especialista no marketing de sua criação, Orpheu José da Costa, promove, dia 28 próximo, no Palace, o remate OJC, Marca do Mangalarga.
Para se ter idéia, somente este ano a marca de Orpheu (OJC) já vendeu a égua Letéia OJC por R$ 144 mil e o garanhão Jasio OJC por R$ 240 mil.

PRÓXIMO LEILÃO: OJC, MARCA DO MANGALARGA. Dia 28 de novembro, no Palace, em São Paulo. Informações: Tel. (011) 65-0123.

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