São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
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O esgotamento dos nutrientes dos solos e a reciclagem

GERHARD WALTER SCHULTZ

No final da década de 70, questões ligadas ao ambientalismo entraram em pauta e a partir da década de 80 vem crescendo a preocupação em se preservar o meio-ambiente.
É célebre a frase de Lavoisier, que "na natureza nada se cria, tudo se transforma".
O homem toma emprestado da natureza elementos que deve aproveitar da melhor forma possível, mas que devem ser repostos para manter o equilíbrio ecológico do planeta.
Uma árvore plantada necessita de alimentos para crescer, que serão retirados do solo. Surge a pergunta: até quando o solo poderá continuar suprindo as necessidades da árvore em crescimento?
O solo precisa fornecer nutrientes para o sustento das plantas. Eles estão divididos em macronutrientes, que dão a famosa fórmula NPK, encontrada nos minerais, e os micronutrientes, minerais essenciais para a planta.
Sabe-se que dentre os macronutrientes há reservas de fosfato para aproximadamente mais 150 anos e de potássio por mais 200 anos.
A situação é mais crítica entre os micronutrientes. Segundo estatísticas, as reservas mundiais de zinco e cobre são suficientes para apenas mais 60 anos.
Diante deste cenário, precisamos de soluções para suplementar o solo com os elementos necessários para a alimentação das plantas.
É necessário transformar e reaproveitar o que a natureza nos concedeu através da reciclagem.
Os fabricantes de produtos químicos para a agricultura utilizam resíduos industriais metálicos para a produção de sulfatos, cloretos e óxidos metálicos.
Hoje no Brasil, a exemplo do que é feito nos Estados Unidos e Alemanha, já se reutiliza cinzas de galvanização, metalização e fundição.
Esses materiais apresentam grande pureza em relação aos minérios, pois muita energia já foi gasta para sua concentração e purificação.
Um dos principais fatores de incremento da produção agrícola é uma correta adubação, através do fornecimento de nutrientes e da correção de suas deficiências.
Novas tecnologias e ampliação do conhecimento sobre as carências nutritivas dos solos têm se mostrado eficientes aliados na busca de maior produtividade. Isso pode significar alimentação mais barata, menos desmatamento, menor consumo de combustíveis.
O emprego de micronutrientes na fertilização dos solos é atualmente um processo indispensável para evitar o desgaste natural da terra, com a reposição de minerais que garantem ao produtor rentabilidade e produtividade ideais.

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