São Paulo, terça-feira, 22 de novembro de 1994
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Laudo indica sinal de espancamento

CRISTINA GRILLO; FERNANDO MOLICA
DA SUCURSAL DO RIO

Exames de corpo de delito feitos pelo Instituto Médico Legal constataram lesões corporais em duas pessoas presas pelo Exército durante a operação no morro da Mangueira (zona norte).
Segundo o laudo, Jorge Leandro da Silva apresenta "lesões provocadas por ação contundente na região escapular"(ombro) e Adenílson Queiróz sofreu "escoriações no punho direito e ferida superficial nos dedos do pé direito".
Além de Jorge e Adenílson, outros 13 presos fizeram exame. A Folha apurou que eles foram encaminhados para exame por terem afirmado que sofreram ação violenta por parte dos soldados.
Os dois foram presos em flagrante. Jorge estaria com um "sacolé" de cocaína (embalagem de plástico com cerca de um grama da droga). Adenílson também teria sido preso com cocaína.
A polícia está com dificuldades para alojar os presas. Os 15 adultos detidos foram encaminhados para a Polinter. A carceragem tem capacidade máxima para 300 presos e, na sexta-feira, já abrigava 387 pessoas. Com os 15 detidos, o número de presos subiu para 402.
Até ontem, a Polinter não havia conseguido checar a informação de que o "Parazinho" (Valter Raimundo dos Santos) preso ontem seria o mesmo procurado.
(Cristina Grillo e Fernando Molica)

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