São Paulo, terça-feira, 22 de novembro de 1994
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Aeroportuário faz assembléia hoje para decidir se suspende greve

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA E DA REPORTAGEM LOCAL

Os aeroportuários de São Paulo, Manaus e Goiânia fazem assembléia hoje pela manhã para decidir se suspendem ou não a greve iniciada na quinta-feira passada.
Ontem à tarde, houve reunião de conciliação no TST (Tribunal Superior do Trabalho) em Brasília. O Sindicato Nacional dos Aeroportuários e a direção da Infraero não chegaram a um acordo.
A audiência durou seis horas e o presidente do TST, ministro Orlando Teixeira da Costa, chegou a telefonar pessoalmente ao presidente da Infraero, brigadeiro Luiz Carlos Accioly, em busca da conciliação.
O ministro propôs a Accioly que a empresa pagasse as duas cláusulas previstas no contrato coletivo assinado em agosto e descumpridas pela Infraero, o que motivou a greve.
"O brigadeiro foi intransigente", disse o presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários, João Braz Pereira. As cláusulas descumpridas são o reajuste mensal do vale-refeição e a extensão do plano de assistência de saúde a dependentes indicados pelos funcionários.
A empresa argumenta que após a assinatura do acordo, as cláusulas foram vetadas pelo Comitê de Controle das Empresas Estatais (CIEE).
A Infraero também alegou que a indicação de dependentes estava sendo motivo de fraudes pelos funcionários.
O ministro Teixeira da Costa observou que se isso acontece não é preciso suspender o benefício, "mas identificar os fraudadores".
Se os aeroportuários decidirem pelo fim do movimento grevista, o julgamento da greve acontece na próxima segunda-feira. Se optarem pela continuidade da greve, o julgamento será hoje.
No Aeroporto de Cumbica (Guarulhos, na Grande São Paulo), os grevistas aguardavam o resultado da reunião de conciliação sentados em frente à entrada principal da Infraero.
Ao contrário dos dois primeiros dias da greve, não houve tumultos.

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