São Paulo, terça-feira, 22 de novembro de 1994
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Blitz fecha duas lojas do Pão de Açúcar

DA REPORTAGEM LOCAL

A Prefeitura de São Paulo interditou ontem –em blitz conjunta do Contru (Departamento de Controle e Uso de Imóveis) e da Secretaria Municipal do Abastecimento (Semab)– dois supermercados do grupo Pão de Açúcar por falta de higiene e de segurança. As lojas receberam ao todo R$ 2.856,20 em multas.
Técnicos do Contru fecharam por risco de incêndio o Extra da avenida Brigadeiro Luís Antônio, 2.013, na Bela Vista (região central), e o Pão de Açúcar do número 3.126, na mesma avenida, no Ibirapuera (zona sul).
Os principais problemas, segundo os técnicos, eram fiação exposta e falhas nos sistemas de alarme.
O Contru multou o Pão de Açúcar em R$ 1.201,20 por um defeito no elevador de cargas, cujas portas abriam quando a cabine não estava no respectivo andar.
A Semab aplicou quatro multas ao Pão de Açúcar, num total de R$ 600,00, e outras cinco ao Extra (total de R$ 1.055,00).
Segundo a Semab, o Extra tinha alimentos impróprios para consumo que seriam utilizados na padaria. Foram jogados no lixo 60,5 kg de alimentos impróprios, segundo os técnicos.
A assessoria de imprensa do Pão de Açúcar informou que a rede já tomou as providências para colocar as lojas em funcionamento no menor prazo possível. O Pão de Açúcar não comentou os motivos da interdição.
O Carrefour da via Anchieta (zona sul), que havia sido fechado na quinta à noite pelo Contru, voltou a funcionar ontem pela manhã.
Segundo a direção do supermercado, as obras pedidas pela prefeitura foram realizadas. Falta apenas a conclusão dos pára-raios, que tem um prazo maior. A padaria da loja, que tinha sido fechada pela Semab, também reabriu.
O edifício Dacon, na avenida Cidade Jardim (zona oeste), foi oficialmente liberado pelo Contru ontem. Embora estivesse interditado desde quarta, o prédio tinha funcionamento normal, autorizado pelo síndico José Pacheco e Silva. O síndico entregou ontem laudos técnicos sobre as instalações elétricas e a interdição foi suspensa.
Representantes da Associação Paulista de Supermercados (Apas) se reuniram à tarde com o secretário de Abastecimento, Waldemar da Costa Filho, para discutir as blitze. Em duas semanas, quatro supermercados foram interditados.

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