São Paulo, terça-feira, 22 de novembro de 1994
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Atirador de elite mata ladrão em SP

Assaltantes fazem 12 reféns em padaria

DA REPORTAGEM LOCAL

Um atirador de elite do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) da Polícia Militar matou às 3h de ontem com um tiro na cabeça um assaltante que mantinha uma mulher como refém em uma padaria no bairro Cidade das Flores, em Osasco (12 km a oeste de São Paulo).
O homem, não-identificado, e seu comparsa, Golbery Aires Magalhães, 19, que se entregou logo no início do assalto, cinco horas antes, fizeram 12 reféns entre fregueses, empregados e o sócio da padaria.
Às 22h de domingo "Sapão", como era conhecido o assaltante que foi morto, e Magalhães, o "Alemão", armados de revólver e uma peixeira fecharam a padaria e fizeram 11 reféns. Roubaram R$ 1.266,00, tickets refeição e talões de cheques. Eles abriram as portas apenas para a arrumadeira Maria Aparecida Cardoso, 41.
Ela bateu na porta, pois tinha o hábito de pegar a filha, a balconista Cecília Alves, 18, na padaria. Maria Aparecida foi a última refém a ser solta após a morte de "Sapão". Ela foi ferida por estilhaços de vidro e ficou internada no PS de Osasco.
"Alemão" movimentava-se o tempo todo usando a arrumadeira como escudo.
Às 3h, o atirador de elite efetuou o disparo que matou "Sapão" do alto de um telhado próximo à padaria
Maria Aparecida foi considerada uma heroína pelos policiais do Gate, por ter permanecido calma durante o assalto e pedido calma ao bandido. Ela teve papel decisivo como mediadora na rendição de Magalhães, segundo o capitão Cesar, que chefiou a operação. Foi ele quem deu a ordem para um subordinado usar o fuzil F-2, calibre 7,62mm, e atirar no assaltantes.
O dono da padaria, Querobim Ferreira dos Santos, 52, chegou a telefonar para um sócio de nome Messias para pedir um carro para o assaltante. A polícia providenciou um Passat, mas "Sapão" foi morto antes de usá-lo.
Magalhães foi autuado em flagrante no 1º DP de Osasco por roubo, cárcere privado e resistência.

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