São Paulo, terça-feira, 22 de novembro de 1994
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Cai ritmo das antecipações salariais, revela pesquisa

DA REPORTAGEM LOCAL

Menos empresas de São Paulo e do Rio de Janeiro concederam antecipações salariais em outubro na comparação com setembro. Igualmente, caíram os percentuais dessas antecipações.
Esse é o resultado da pesquisa feita pela consultoria Arthur Andersen com 53 empresas de São Paulo e 48 do Rio, abrangendo salários mensais até R$ 2.000,00.
A pesquisa vem sendo feita desde abril, um mês após os salários terem sido convertidos para a URV (Unidade Real de Valor).
No mês passado, 16,98% das empresas pesquisadas em São Paulo deram antecipação a seus empregados, contra 18,87% em setembro. O percentual médio das antecipações caiu de 7,19% em setembro para 6,42% em outubro.
No Rio a pesquisa mostra que caiu acentuadamente o número de empresas que concedeu antecipação –de 12,50% em setembro para apenas 2,08% outubro. A média das antecipações caiu de 7,07% para 3,0%, respectivamente.
Segundo a Arthur Andersen, a análise dos percentuais e das empresas que dão antecipação em São Paulo mostra que as dos setores alimentício e de metal são as que se destacam como as mais agressivas nessa prática.
Em abril, por exemplo, as do setor de metal foram as únicas que deram antecipação. Em maio e junho, 60% das empresas desse setor deram antecipação. Em julho, 25%; em setembro, 20% e em outubro, 11,11%. Somente em agosto essas empresas não deram nenhuma antecipação salarial.
As do setor alimentício iniciaram as antecipações em maio (40% delas). Em junho, 20%; em julho, 25%; em agosto, 33,33%; em setembro, 30% e em outubro, 22,22%.
O setor de construção civil só deu antecipações a partir de agosto (16,67%). Em setembro, 20% e em outubro, 11,11%. Outubro foi o único mês, desde o início da pesquisa, em que todos os setores deram antecipação salarial.
A maior média de antecipação em São Paulo foi de 12%, dada em outubro pelo setor de metal. No total, o setor já concedeu 42,07% desde abril. A seguir vêm os setores eletro (34,44%), alimentício (32,76%), construção civil (25,93%), têxtil (18,52%) e financeiro (13,12%).

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