São Paulo, terça-feira, 22 de novembro de 1994
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Preços ficam mais altos

LUIZ ANTÔNIO RYFF
DA REPORTAGEM LOCAL

Se a indústria cultural está exultante pelo aumento do consumo, está ainda mais eufórica por causa do aumento da lucratividade. Nem na época do Cruzado se lucrou tanto quanto agora. Mas isso não está produzindo nenhum efeito sobre os preços.
Na indústria cinematográfica, o público cresceu 10%. O faturamento aumentou 20%. Como se explica essa diferença? "O Brasil sempre teve ingresso barato. Agora aumentou. Nunca esteve tão alto", exulta Jorge Pellegrino, presidente do Sindicato dos Distribuidores. Ele diz que não há perspectiva do ingresso baixar.
A indústria fonográfica também ganha. "Em quantidade, no Cruzado, se vendia tudo, mas não houve aumento de lucratividade, como agora", compara Manuel Camero, do SBPD. "Os CDs estão dando uma lucratividade normal, que não havia por causa da inflação".
No mercado editorial não é diferente. "O editor vende o livro para o distribuidor com uma carência de 60 dias e embute o custo financeiro no preço da capa. A inflação caiu e o custo quase desapareceu, mas o preço do livro não acompanhou a queda", diz Marta Oliveira, da Fundação João Pinheiro.
(LAR)

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