São Paulo, terça-feira, 22 de novembro de 1994
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IRA afirma que seus militantes mataram carteiro sem permissão

ROGÉRIO SIMÕES
DE LONDRES

O IRA (Exército Republicano Irlandês, separatista) admitiu o envolvimento de seus militantes no assassinato de um funcionário do correio durante um roubo na cidade de Newry (Irlanda do Norte).
No último dia 11, Frank Kerr, 53, foi morto com um tiro na cabeça quando três homens assaltaram um posto do correio. Os três levaram cerca de US$ 210 mil.
Em um comunicado oficial apresentado na noite de domingo, o IRA disse que os três agiram sem a autorização da liderança do grupo.
"A responsabilidade por esse incidente está num problema não-identificado na rede de comando e não nos voluntários envolvidos. A operação de Newry não foi aprovada pela liderança do IRA", diz o comunicado.
A morte de Kerr foi a primeira cometida por membros do grupo desde que o cessar-fogo dos separatistas entrou em vigor, em 1º de setembro.
Depois da declaração do IRA, Kerr foi registrado como a mais nova vítima do conflito na Irlanda do Norte. O número oficial de mortes chega agora a 3.173.
Apesar da declaração dos separatistas, o governo britânico continua disposto a iniciar as negociações com o Sinn Fein, braço político do IRA, antes do Natal.
O ministro britânico para a Irlanda do Norte, Patrick Mayhew, afirmou ontem em Belfast que o cronograma do processo de paz será mantido.
Mayhew disse que o IRA poderia demonstrar que realmente não autorizou a operação de Newry devolvendo os US$ 210 mil levados durante o assalto.

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