São Paulo, quarta-feira, 23 de novembro de 1994
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Receita tem proposta para Ufir

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Evitar o aumento de impostos sobre o trabalho é um dos pontos da proposta da Receita Federal entregue ontem à equipe econômica para adaptar a atual legislação tributária ao fim da Ufir mensal, previsto para janeiro.
Com o fim da Ufir, que reajusta mensalmente os valores da tabela do Imposto de Renda Retido na Fonte, a Receita sabe que ficará mais evidente a disparidade entre a taxação efetiva do trabalho (19,27%, em média), e a taxação do capital (8,18%, no caso das aplicações financeiras).
A extinção total da Ufir deverá ser o primeiro passo do governo rumo à desindexação da economia. Os estudos da Receita e Banco Central estão bem adiantados e uma decisão deverá ser tomada até o final da próxima semana.
Mesmo que inflação permaneça em patamares baixos, o fim da Ufir mensal prejudicará os assalariados, pois os valores da tabela do IR na fonte deixarão de ser corrigidos. Com isso, os reajustes salariais poderão enquadrar o assalariado em uma faixa com alíquota maior das aplicações financeiras via manutenção da atual alíquota do IR de 30%.
Outra preocupação é como evitar brechas na legislação que levem as empresas contestarem na Justiça a falta de um mecanismo de correção dos balanços anuais, base do IR da Pessoa Jurídica.

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