São Paulo, sexta-feira, 25 de novembro de 1994
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Presidente do TJ defende ações

LUÍS EDUARDO LEAL
DO ENVIADO ESPECIAL AO RIO

O desembargador Antonio Carlos Amorim, presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, disse ontem que há muitos "pruridos" (imapciência, inquietação) nas críticas que vêm sendo feitas à atuação das Forças Armadas no combate à violência no Rio.
"Como cidadão, posso dizer que me sinto mais seguro, mais esperançoso e muito mais feliz. Deveríamos pedir que continuem até que a situação seja sanada", disse Amorim sobre a atuação dos militares.
O desembargador classificou como "críticas improcedentes" a posição da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) referente à ação do Exército.
A OAB acredita que a atuação das Forças Armadas pode colocar em risco a segurança e os direitos dos moradores.
Amorim afirmou temer que as críticas feitas às Forças Armadas as façam suspender suas operações no Estado.
Ele reconheceu a necessidade de os soldados revistarem crianças, ressalvando ser necessário encontrar "melhor procedimento" na abordagem. "Sabemos que elas são usadas para transporte de drogas e armas."
Ressalvou também que as revistas em casas devem ser feitas com mandados de busca e apreensão. Sobre as revistas e controle da identidade dos moradores, o desembargador disse que "qualquer pessoa que levante suspeitas sobre si própria tem que se sujeitar a uma comprovação de identidade".
Amorim defendeu a renovação do convênio entre os governos federal e estadual para o combate à violência.

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