São Paulo, sexta-feira, 25 de novembro de 1994![]() |
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Defasagem beneficia empresas
MARISTELA MAFEI
Sadia, Varig, Ceval e Perdigão, que no início de julho pagavam suas dívidas no exterior na proporção de US$ 1 para R$ 1, tiveram os débitos reduzidos em cerca de 15% no final de setembro, quando fecharam os balanços trimestrais. A Sadia apresentou ontem seus resultados à Associação dos Analistas do Mercado de Capitais (Abamec). No acumulado de janeiro a setembro, o resultado líquido foi de US$ 36,036 milhões, para um resultado operacional de US$ 30,782 milhões. "O deságio no câmbio provocou a redução do endividamento mas, por outro lado, prejudicou as exportações, impedindo melhor resultado operacional", diz Walter Fontana Filho, presidente da Sadia. Em 94, a Perdigão conseguiu se reabilitar dos prejuízos que obtinha desde 90. De um prejuízo de US$ 36,4 milhões em 93, teve lucro líquido de US$ 27,186 milhões nos primeiros nove meses de 94. No terceiro trimestre, o resultado foi de US$ 27,186 milhões. Na Ceval Alimentos, a maior exportadora de soja do país, a desvalorização do dólar causou redução drástica no faturamento, o que anulou os benefícios do câmbio. A empresa deverá faturar US$ 1,2 bilhão em 94, dos quais 45% obtidos através de venda ao mercado externo. A rentabilidade do último trimestre caiu 6,6%, quando comparado ao semestre anterior. Nas empresas que não apresentam dependência excessiva de resultado de venda externa, como a Varig, a desvalorização do dólar foi positiva. Texto Anterior: Ministro descarta paridade do câmbio Próximo Texto: Kodak obtém liminar contra aeroporto Índice |
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