São Paulo, sábado, 26 de novembro de 1994 |
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Stephanes deve ser o ministro da Previdência
GABRIELA WOLTHERS
Apesar de ainda não ter sido feito um convite formal, o próprio FHC, em conversas reservadas, sempre cita o nome de Stephanes quando o assunto é Previdência. Stephanes já foi ministro da Previdência na gestão de Fernando Collor. Segundo o presidente eleito, ele foi o responsável pela organização da pasta após a gestão considerada caótica do ex-ministro Antônio Rogério Magri. Além disso, a indicação do deputado é aprovada pelos principais caciques políticos que apóiam FHC. O senador eleito Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) avalia que duas cotas do PFL no futuro ministério de FHC já estão preenchidas –a de Stephanes e a do deputado Gustavo Krause (PE), cuja função ainda não foi definida. O senador José Sarney (PMDB-AP) também apóia a indicação. A cúpula do PSDB não tem restrições ao nome. Segundo a Folha apurou, Stephanes aceitaria ser reconduzido ao cargo. Apesar de não ter participação direta no governo de transição, ele é um dos autores da proposta de mudanças na Constituição para a reformulação da Previdência que está sendo sistematizada pela equipe técnica de FHC. Stephanes defende que o sistema de previdência garanta pensões até um determinado teto salarial. Deste limite em diante, a Previdência seria complementar, gerida através de fundos de pensões. Não existe ainda consenso sobre qual seria este teto, que poderia girar entre três e dez salários mínimos. Também é favorável que haja uma idade mínima para aposentadoria. A idéia predominante é que fique entre 58 e 60 anos de idade. Os aposentados e os que já preenchem os requisitos para pleitear aposentadoria não seriam afetados pelas mudanças. Texto Anterior: FHC propõe revisão dos monopólios estatais Próximo Texto: CNBB pede ampliação do Plano Real Índice |
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