São Paulo, sábado, 26 de novembro de 1994 |
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Saiba quem é Paulo Ximenes
GUSTAVO PATU
Nesse período, o governo proibiu que esses bancos emprestassem dinheiro a seus Estados controladores e a empresas coligadas. Os infratores dessa regra ficaram sujeitos às punições da "lei do colarinho branco". Com isso, o governo pretendia evitar que os governadores utilizassem os recursos dos bancos para financiar obras e beneficiar seus candidatos nas eleições gerais deste ano. Ximenes também estabeleceu um cronograma para que os bancos estaduais regularizassem seus balanços, na maioria publicados sob regras especiais para esconder os prejuízos. Dois dos atuais diretores do Banco Central –Cláudio Mauch, de Normas, e Carlos Eduardo Tavares, de Administração– foram indicados por Ximenes e mantidos por seu sucessor, Pedro Malan. Ximenes deixou a presidência do Banco Central em virtude de desavenças com o presidente Itamar sobre as taxas de juros. Foi acusado de querer manter os juros em patamares muito elevados. Ele se aposentou no ano passado como funcionário de carreira do Banco Central. Antes de presidir o órgão, foi secretário-executivo da Fazenda no governo Sarney e representante do Brasil junto ao BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). (Gustavo Patu) Texto Anterior: O primeiro tiro Próximo Texto: Ministro de Collor deve ir para Agricultura Índice |
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