São Paulo, sábado, 26 de novembro de 1994
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Estoques de sangue dobram com campanha

DA REPORTAGEM LOCAL

Os estoques dos bancos de sangue dos principais hospitais de São Paulo dobraram de volume em relação ao início da semana.
A principal razão para o aumento de doações foram as campanhas veiculadas nos rádios e TVs em homenagem ao Dia Internacional do Doador, comemorado ontem.
Na Fundação Pró-Sangue, que abastece 270 hospitais da Grande São Paulo, o estoque pulou de 870 bolsas de sangue na quinta para 2.000 no final da tarde de ontem.
Segundo José Luiz Portella, 42, diretor da Pró-Sangue, o ideal é que a fundação tenha um estoque mínimo de 3.000 bolsas.
"Estamos um pouco mais tranquilos, mas a situação ainda preocupa porque é sempre mais difícil conseguir doadores nos meses de férias de verão", disse Portella.
Na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, o volume de doações também aumentou ontem, mas o estoque de sangue ainda está abaixo do normal.
Na quarta-feira, a Santa Casa chegou a suspender dez cirurgias eletivas (não urgentes) por causa do baixo estoque de sangue.
No Hospital São Paulo, o estoque está reduzido a 50% do normal desde o fim de outubro. Por causa da falta de doadores, 30% das cirurgias eletivas estão sendo adiadas ou suspensas.
Para aumentar o número de doadores, o Ministério da Saúde deu início a nova campanha publicitária em rádio, TV e outdoors. Na campanha, Hortência (jogadora de basquete) e Marcelo Negrão (vôlei) dão depoimentos sobre a importância de doar sangue.
Para ser doador, é preciso ter entre 18 e 60 anos, não estar tomando medicamentos, não ter tido hepatite nem doença de Chagas, não ser de grupo de risco de Aids e ter mais de 50 kg.

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