São Paulo, sábado, 26 de novembro de 1994 |
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Câmara adia votação de projeto polêmico
LUIS HENRIQUE AMARAL
Os vereadores tentariam derrubar o projeto da prefeitura que concede gratificações para apenas quatro categorias da Saúde. Há uma semana, a prefeitura vem veiculando anúncio na TV acusando a Câmara de impedir a votação. Na terça, os médicos do município fizeram um protesto contra a demora da votação. Na quinta, a derrubada foi impedida por uma manobra de Colasuonno, que encerrou a votação sem considerar o voto de um vereador, gerando tumulto na Casa. Se a oposição tivesse derrubado o projeto, entraria em votação outro projeto, que prevê gratificação para todas as categorias da Saúde. A prefeitura é contra o projeto, alegando que não tem dinheiro para pagar um aumento geral. Colasuonno alegou que o regimento interno da Câmara só permite a convocação de sessões extraordinárias solicitadas com 24 horas de antecedência. "Na Câmara, estas 24 horas sempre foram interpretadas como de um dia para o outro", disse Arnaldo Madeira (PSDB), ex-presidente da Casa. Os vereadores decidiram solicitar a sessão extraordinária para segunda às 11h. À noite, um carro da PM levou um comunicado de Colasuonno nas casas dos vereadores aceitando a sessão. Ainda ontem de manhã, os 30 vereadores condenaram a manobra usada por ele para evitar a derrubada. Colasuonno se defendeu afirmando que o vereador Ushitaro Kamia (PSB), cujo voto daria vitória à oposição, só teria se apresentado após a votação. Ele se recusou a mostrar à Folha a fita com a gravação da sessão. Texto Anterior: Nova lei 'esquece' os políticos e servidores Próximo Texto: Começa a venda de ingressos para Carnaval; Estado espera matricular 520 mil alunos em 95; Médicos são condenados por contaminar mulher; Caminhão-pipa leva água ao Ibirapuera Índice |
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