São Paulo, sábado, 26 de novembro de 1994
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Distribuidores de GLP querem subir margens

FILOMENA SAYÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

Os distribuidores de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo, ou gás engarrafado) querem aumentar 22% sua margem bruta. O pedido foi feito ontem ao assessor para preços do Ministério da Fazenda, José Milton Dallari, em São Paulo.
Compareceram à reunião o Grupo Ultra, Liquigás e Sindigás, sindicato do setor.
A margem bruta (diferença do preço de venda com o preço de custo) do setor é de R$ 127 por tonelada desde a "urvização".
O setor quer R$ 155 por t, argumentando que tiveram perdas causadas por antecipação salarial de 11,87% concedida aos funcionários em setembro.
Dallari ficou se se reunir com o Departamento Nacional de Combustível na semana que vem após este avaliar se é possível haver aumento na margem.
A associação brasileira das indústrias de sabão em pedra e certos tipos de sabonetes reclamaram ao assessor que houve alta de 28% no sebo e de 130% no dióxido de titânio de maio para cá. O sebo responde por 65% do custo do sabão em barra.
"Como eles aumentaram 6,28% nas duas semanas, acertamos que eles iriam parar os aumentos. Vamos verificar o que houve com essas matérias-primas."
Dallari recebeu também a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas. A entidade também se queixou de aumentos que variam de 5,5% a 11,5% no custo de alguns fundidos, forjados, aço plano e rolamentos.
O setor quer a volta da alíquota de importação de máquinas agrícolas. Esta taxa variava de 25% a 30% mas em maio passou para 2%. "Vamos estudar o assunto." Ele disse ainda que quer os aumentos de matérias-primas comprovados por notas fiscais.
Dallari disse ainda que em reunião interna pediu à Sunab que melhore a eficiência em seus relatórios. "Quero tudo mais detalhado, assim podemos fazer autos de constatação."
O assessor afirmou que não conseguiu contatar a Nestlé, que afirmou que precisaria aumentar seus preços.

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