São Paulo, sábado, 26 de novembro de 1994
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Envolvidos negam acusação

DA REPORTAGEM LOCAL

Os envolvidos pela Receita Federal no esquema de ágio do carro "popular" reagiram ontem de duas maneiras à acusação: ou negaram à Folha terem vendido carros com sobrepreço ou afirmaram já terem interrompido esta prática quando tomaram conhecimento de sua ilegalidade.
Valdner Papa, da revenda Quórum e ex-presidente da associação de concessionárias Fiat, disse que a Receita, durante blitz em São Paulo, não encontrou nada de ilegal em relação à sua empresa.
"É lógico que não vendo com ágio. E, até hoje, não há documento que prove que estamos sendo processados", afirmou.
Só comissão
Carlos Espírito Santo, da Gran Ville, loja de carros no Broklin (zona sul de São Paulo), disse que até agosto passado, quando a empresa foi fiscalizada, os vendedores intermediavam a compra de carros, inclusive dos "populares".
Segundo Espírito Santo, o cliente pedia o carro, a loja encontra o modelo, informava o preço com ágio e ficava com a comissão de venda.
"Mas nunca compramos carros direto das concessionárias e nem ficamos com o ágio", afirma.
Segundo Espírito Santo, depois da fiscalização da Receita, a empresa parou de trabalhar com os modelos "populares". "Voltamos a vender principalmente usados, que sempre foi o nosso negócio."

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